quarta-feira, março 28, 2012

O início da nossa viagem...

Dizem por aí que nasce uma mãe assim que uma mulher se descobre grávida... pensei exatamente assim durante as 39 semanas da minha gestação. 
Desde o primeiro momento adotei todos os cuidados para que nada de mau acontecesse ao meu filho... vitaminas, alimentação saudável, exercícios, leituras especializadas, consultas e mais consultas, caderninho de dúvidas... e os tão esperados exames.
Cada centímetro a mais do meu abdomen, cada ultrassonografia, cada chute, cada soluço (sim, os fetos soluçam em nosso útero), eram motivos de uma alegria extraordinária. Como é bom estar grávida. 
Mas jamais poderia imaginar que esse enorme amor que eu sentia por uma pessoinha cujas feições ainda me eram tão desconhecidas poderia aumentar de uma maneira tão impressionante a ponto de não caber mais em mim mesma! 
Dia 10 de setembro de 2011, o dia em que senti pela primeira vez meu coração bater fora do meu próprio corpo - o dia em que o meu Arthur chegou de viagem nesse nosso mundo, o dia em que realmente iniciei a minha grande viagem nesse universo maternal!!! 
Esse foi o exato momento em que consegui entender um pouco daquele amor que minha mãe sempre falava... o amor sem medidas, amor sem limites... AMOR DE MÃE. Ao ouvir o seu primeiro choro (e chorar junto), olhar pela primeira vez em seus olhinhos tão curiosos e ávidos e sentí-lo pela primeira vez em meus braços esse amor só ia crescendo. 
Na verdade, a cada novo instante, esse sentimento já tão sem medidas se expande de uma forma tão mágica, que chego a me espantar.
Gente, posso afirmar com todas as letras: ser mãe cansa, e muito! É preciso muita disposição e certeza do que se quer ao se decidir por ter um filho, mas da mesma forma afirmo que não há alegria maior na vida. Não há sentimento ou acontecimento que supere a maravilha dessa experiência.
Sobre esse turbilhão de emoções transcrevo abaixo um lindo texto que recebi de uma amiga por e-mail. Ele resume tudo que passamos a viver ao nos tornarmos MÃE.

ANTES DE SER MÃE

Silvia Schmidt

Antes de ser mãe, eu fazia e comia
os alimentos ainda quentes.
Eu não tinha roupas manchadas,
tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe, eu dormia o quanto eu queria,
Nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes


Antes de ser mãe,
 eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos e
nem pensava em canções de ninar.
Antes de ser mãe, eu não me preocupava:
Se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas então,
eram coisas em que eu não pensava.

 
Antes de ser mãe,
 ninguém vomitou e nem fez xixi em mim,
Nem me beliscou sem nenhum cuidado,
com dedinhos de unhas finas.
Antes de ser mãe,
eu tinha controle sobre a minha mente,
Meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos,
 e dormia a noite toda.


Antes de ser mãe,eu nunca tive que
segurar uma criança chorando,
para que médicos pudessem fazer testes
ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos
olhos que choravam.
Nunca fiquei gloriosamente feliz
com uma simples risadinha.
Nem fiquei sentada horas e horas
olhando um bebê dormindo.


Antes de ser mãe, eu nunca segurei uma criança,
só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar,
quando não pude estancar uma dor.
Nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina,
pudesse mudar tanto a minha vida e
que pudesse amar alguém tanto assim.
E não sabia que eu adoraria ser mãe.


Antes de ser mãe, eu não conhecia a sensação,
de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Não conhecia a felicidade de
alimentar um bebê faminto.
Não conhecia esse laço que existe
entre a mãe e a sua criança.
E não imaginava que algo tão pequenino,
 pudesse fazer-me sentir tão importante.


  Antes de ser mãe, eu nunca me levantei
à noite toda , cada 10 minutos, para me
certificar de que tudo estava bem.
Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor,
 a dor e a satisfação de ser uma mãe.
Eu não sabia que era capaz de ter
sentimentos tão fortes.
Por tudo e, apesar de tudo, obrigada Deus,
Por eu ser agora um alguém tão frágil
e tão forte ao mesmo tempo.
Obrigada meu Deus, por permitir-me ser Mãe!

2 comentários:

  1. E nasce um blog! E nasce com um nascimento, com uma viagem, com uma curiosidade sobre o soluço do feto (essa eu não sabia!) e com mais uma mãe blogueira... Tá, não é só mais uma mãe blogueira, é a mãe do Arthur, a Vanessa Bevilaqua, "a-p-a-i-x-o-n-a-d-a-m-e-n-t-e a mamãe do Arthur".
    Parabéns pelo blog que já começa todo bonitão (que nem o Arthur) e com um ótimo post! =)

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  2. Valeu Robson, obrigada!!!! Volte sempre.

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