segunda-feira, abril 02, 2012

Saudade.

Esse sentimento tão doce, e as vezes tão doído. É um bicho torto e sem sentido, assim mesmo. Ele ataca, quando a gente menos espera, espetando a mente desavisada que recém sorriu de alguma lembrança boa ou tola. E a saudade também é boa ou tola (ou ambas).
Saudade da sua vovó Alcione, saudade do tempo que eu era criança, saudade dos Natais em família com direito a casa lotada, conversas e risadas até altas horas da madrugada... para saudade não há remédio. 
Sempre via e ouvia mães se derretendo de saudades de seus filhos quando eram bebês, e sempre disse que jamais que ia sentir falta do comecinho da sua vida. Que foi loucura, que eu não dormia, que suas cólicas me desesperavam, que eu não sabia nada, que eu queria minha mãe de volta, que eu não sabia decifrar seus choros. Não via a hora do tempo passar. Mas a maternidade é esse eterno cuspe pro alto que cai bem no meio da nossa cara! 
E aí que o tempo passou e agora me bate uma saudade enorme desse inicinho... 
E aí que chegam dias como o de hoje em que eu olho pra trás e vejo que já passou tanta, mas tanta coisa, que dá aquela sensação de que algo ficou perdido no meio do caminho. Não dá para evitar. Mesmo que a gente aproveite 100% do tempo presente – como se isso fosse possível!,  o fato de haver futuro e memória implica em saudade. Que remédio?
Ter um bebê em casa é um luxo. Você acorda e tem aquela coisinha descobrindo o mundo; como não descobrir junto? É o luxo da renovação, do reinício, dia após dia uma novidade diferente que vai deixando muita saudade, sim, do cheirinho, dos barulhinhos, das mãozinhas, dos pezinhos... 
Vou tentando, quase que inutilmente, guardar cada momento, fotografar cada gracinha, cada risada sua... e, se pudesse, congelaria pra sempre em minha mente momentos como esse do vídeo aí embaixo meu pequeno, você tão pititico, eu tão insegura! Porque é da vida ser assim tão efêmera. 
As coisas passam, o tempo não nos pertence e o que podemos guardar são os sentimentos de felicidade pelo que se viveu e de saudade, porque foi bom. 
É Arthur, espero que tudo isso que estamos passando juntos possa ficar guardado em algum lugar do seu coraçãozinho meu amor. Espero que algum dia você possa vir até aqui para ver e reviver com alegria tudo isso que a mamãe está tentando deixar registrado pra você.
Te amo, filho!!!


Seu primeiro banho de tummy tub com 14 dias de vida!

2 comentários:

  1. Deisy Schmitz02/04/2012, 18:55

    Que lindooo!!!! Saudade não tem cura né flor!!! Tempos bons que não voltam mais, mas pelo menos podemos guardar e lembrar sempre que der vontade!!
    Bjoooo grande!!!

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  2. Amiga que lindo, amei essa iniciativa e agora sou fã e estarei sempre aqui lendo e curtindo esse seu momento. bjs

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