
Mas que danado é isso de ansiedade da separação? Bem, ela acontece com muitos bebês quando eles percebem que as mães são seres separados deles. Isso porque, ao nascer, a criança acha que é parte da mãe e ainda não consegue perceber que é um ser único. Com o tempo e um maior desenvolvimento mental, físico e emocional, o bebê começa a perceber que tem seu próprio corpo e que ele e a mamãe são seres independentes. Essa ansiedade representa o medo que o bebê tem de perder seu ente querido, pois eles ainda não entendem que ao saírem de seu campo visual, as mamães continuam existindo. Segundo um artigo que li fuçando na net isso começa por volta dos 7 meses, quando acontece esse importante salto cognitivo que é a percepção de si mesmo como ser independente, o que é maravilhoso, mas, infelizmente, deixa o baby ansioso.
E foi assim que me dei conta disso. Olha, baby Arthur sempre foi muito apegado a mim, sempre se jogou pro meu colo, sempre adorou brincar comigo "na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê"... mas até então isso pra mim era o normal, já que as 24 horas do seu dia, dia após dia, noite após noite ele passa ao meu lado, sentindo meu cheiro... ouvindo minha voz. Até que um belo dia estávamos na porta de casa, ele no colo da tia Paula e nós nos despedindo das titias Paty e Paulinha... e então, sem mais nem menos, quando abracei a tia Patrícia para me despedir, ele chorou de uma maneira tão sentida, tão magoada, que nada conseguiu consolar. Imediatamente entramos em casa e o levei para o quarto, onde coloquei as musiquinhas de ninar preferidas dele e, enfim, ele se acalmou e adormeceu.
Fiquei encasquetada com aquilo, mas passou e eu achei que fosse só um enjoo de sono mesmo. Os dias foram passando e fui percebendo que cada vez mais quando ele se dava conta de que eu não estava por perto, chorava, chorava e chorava... e mesmo me vendo, quando está um pouco distante, no berço, no cadeirão ou no carrinho, só quer o meu colo.
Mesmo estando com o pai, com a babá, com a irmã, com a vovó ou seja lá com quem for, ele não pode sequer ouvir a minha voz que já começa o resmungo até que eu realmente apareça e o pegue no colo.
Na últimas noites o sono noturno, que já não é lá essas coisas, tem ido de mal a pior. A cada 15, 30 minutos ele acorda chorando horrores, como se estivesse tendo um sonho ruim ou algo assim. Ontem eu estava tão assustada com isso que cheguei a pensar que a câmera da babá eletrônica pudesse estar em curto circuito, dando choques nele através do berço onde ela fica presa... what???? Mas o berço é de madeira!!!! Ai Jesus!
Isso passa? Bom, pelo que andei lendo passa sim, por volta dos 2 anos de idade. Oi? 2 anos? 24 meses? É isso mesmo?
É. Nessa fase a criança poderá ficar chateada ao ser deixada na escolinha, com a babá, mas isso passa rápido, pois já terá maior segurança. A experiência e a crescente habilidade da memória já a ensinaram que a mamãe volta depois de algum tempo.
Para a nossa alegria isso ameniza um pouco quando a criança aprende a andar, e então passa a necessitar apenas de um "reabastecimento", o que pode acontecer através de um abraço da mamãe, um beijo, um carinho, coisas delicinhas assim.
Ufa, graças a Deus!
E o que me resta a fazer? Amor, amor e mais amor. É preciso que a criança estabeleça um forte vínculo com a mãe. Uma criança que tem amor e cuidados constantes adquire a confiança necessária para se soltar. Esse forte elo tem que ser construído desde o nascimento. Pequenos gestos, como responder imediatamente ao choro do bebê, alimentação quando ele está com fome, a troca de fraldas na hora certa, muita conversa, muita brincadeira e muitos sorrisos ajudam a formar um laço forte e saudável entre pais e filhos.
Vida de mãe minha gente, a cada dia vou aprendendo um pouquinho.
Te amo, filho!!!
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